Classe Executiva - Alemanha e Suiça - Cap I

Primeiro destino: Alemanha

Viajar é viver, é encontrar-se, é encarta-se.

Sempre sonhei com este dia, então ele chegou. Foi dia 06 de abril de 2011, depois de algumas outras tentativas, enfim nos reencontramos, em um momento que julgamos o certo. Já havíamos tido algumas outras oportunidades de "ficar", mas tudo acontece no momento que é para tal ( não vou entrar em discussão sobre as minhas crenças).

Ele piloto eu desempregada, alguns sonhos haviam sido deixados de lado, e naquele momento bem confuso da minha vida ele me avisa que a CIA aérea que ele trabalha havia deixado as férias já vencidas para novembro, faltava pouco mais de um mês, e junto com a notícia de férias ele me avisa que iriamos viajar, e o roteiro provável era Alemanha. Organizamos rapidamente, roteiro, passagem, seguro viagem, reserva de hotel, reserva de carro, GPS, as malas e lá fomos nós para o nosso primeiro destino Frankfurt na Alemanha.

Chegamos ao Aeroporto Internacional de Guarulhos para pegar o avião para a Alemanha, ficamos horas a espera do vôo, seguindo o ritmo normal de uma viagem internacional, nosso voo sairia as 23h, com um atraso de uma hora, conseguimos embarcar. Todos embarcados fomos convidados para ficarmos ali na classe executiva. Seria a minha primeira viagem ao exterior e na executiva. O conforto era tanto que imediatamente após as portas serem fechadas eu já estava vagando pelo destino dos meus sonhos. Acordei passando sob a Torre Eiffel, fui sacudida pelo meu namorado, pensei que estivéssemos atravessando uma turbulência, mas ele só  queria compartilhar aquele momento comigo. Após a rápida passagem pelo céu de Paris, acordei fui cambaleando até o banheiro da aeronave, lavei meu rosto, escovei os meus dentes, quando cheguei novamente na poltrona ele me olhou, com um ar de desapontamento e me disse: "Te coloquei na classe executiva para você dormir e nem uma castanha você se quer comeu, pensei que você assistiria pelo menos um filme comigo." Hoje o fato virou  piada e sempre que pode relembra, mas agora rindo e debochando do seu próprio desapontamento pelo meu espirito anti-romântico que tive naquele momento. Falta de sensibilidade ou cansaço? Bom, não vou entrar em detalhe, mas posso garantir que estava preparada e descansada para inciar as aventuras tão sonhadas.

Nosso roteiro já bem definido. Iriamos chegar em Frankfurt e imediatamente pegar um carro e descer pela região de Floresta Negra, que margeá a fronteira entre a Alemanha e a França, até chegarmos a Suíça.

Primeiro Destino: A Pitoresca Cidade de Heidelberg

Foi nossa primeira parada, chegamos a cidade e fomos diretamente para o hotel. Para não ter erro nessa primeira parada, reservamos um hotel de bandeira bem conhecida, assim não correríamos risco de chegar cansados e o hotel não ser razoável para um banho e uma cama gostosa. Após o banho saímos para jantar. Optamos pela ceia ao lado do Hotel, já que era noite e não pegaríamos carro aquela hora. Estávamos hospedados ao lado da estação do trem e tínhamos diversas opções a poucos passos do hall do hotel, inclusive o símbolo capitalista McDonald. Optamos por um bar alemão, um chope viria bem naquele momento. Este foi o primeiro contato com a culinária Alemã, pedimos uma espécie de pizza, a massa bem fina com um chope, eu indico pois é leve e uma delícia. Não me recordo o nome. 

Estação turística da cidade ficava exatamente na frente do hotel, um pouco tímida em meio ao estacionamento de bicicletas. Mapa, mochila, tênis e o roteiro definido na cidade, lá  fomos nós. 
Heidelberg possui o maior shopping de rua, a céu aberto da  Alemanha, confesso que em viagem as compras não são meu forte, gosto de trazer algo que realmente lembre o momento que passei no local. A cidade era super agradável e andamos muito pela cidade e fizemos os passeios que estavam no nosso roteiro, visitar o castelo da cidade e a ponte. Os tons vermelho e amarelo da Alemanha me encantaram. No castelo podemos observar a cidade, com um colorido exuberante e magnifico. Estava frio mas o sol aqueceu e alegrou o nosso passeio. 
O que me encantou nesta cidade foi o ritmo de vida das pessoas, bicicleta e trem é o principal meio de transporte, como a cidade fica a menos de 90Km de Frankfurt e o transporte é fácil, o deslocamento diário acontece . Vimos pessoas sentadas nos bancos das praças, descansando e contemplando a natureza. 
Heidelberg para nós foi o portal de boas vindas a Alemanha. Estávamos certos que muitas coisas legais viriam no nosso roteiro. Estávamos literalmente encantados com o país. 
Sempre tive esta vontade de conhecer a cultura o dia-a-dia de outros países, nunca fui adepta ao consumismo exagerado. Para mim, o mais importante era estar ali, vivendo e aprendendo muito sobre a cultura daquele país, tudo isso com um super namorado que pensa exatamente como eu. 

A despedida da cidade aconteceu as 16h, quando partimos para Freiburg.  As estradas na Alemanha são ótimas bem tranquila, mas sempre optamos por andar durante o dia. E não esqueça que as estradas não possuem limite de velocidade e por isso não se surpreenda se uma Ferrari passar 180km/h pelo seu lado esquerdo, isso é comum nas Autoban.

 Segundo Destino - Freiburg

Chegamos na cidade, ela era tão simpática quanto Heidelberg, fomos até o hotel onde deixamos as nossas malas e seguimos para encontrar algum lugar para se deliciar. O centro da cidade é muito simpático, caminhamos pelas lojas e então percebemos que tínhamos chegado a "Floresta Negra" a vegetação e os relógios estavam ali. Esta cidade é considerada a entrada da Floresta Negra, nesta região encontramos os famosos relógios "Cuco", os badalos acontecem de hora em hora na cidade. Neste momento lembrei da minha família de descendência alemã, que até hoje possuem o relógio na sala, talvez tenha sido trazido da região, mas não tenho exatamente esta informação. Jantamos um famoso Shnitzel, carne de vitela empanado frito em banha de porco, uma delícia, as porções eram enormes, uma porção serviria tranquilamente eu e o meu namorado, para acompanhar pedi um suco de maça. Fomos super bem atendidos e fartos seguimos para contemplar a noite, passeando pela cidadezinha aconchegante.
Acordamos por volta das 9h, e fomos tomar café em uma padaria, essa é uma dica que eu dou para quem vai viajar por esta região, faça a sua reserva no hotel sem café da manhã, aproveite para se deliciar nas padarias, além de muito mais barato. Tomamos um café com leite em uma padaria deliciosa, não sabia o que comer de tantas delícias, optei pelo famoso Strudel. Me chamou atenção a tranquilidade que as pessoas andam nas ruas e a quantidade de mulheres empurrando carrinhos de bêbes, apesar do frio de 2 graus, nada impede as crianças de viverem em harmonia com o clima. Para quem vai a Alemanha pela primeira vez, não se surpreenda se encontrar um cachorro deitado dentro da padaria, eles são autorizados a entrar em qualquer estabelecimento e são tão educados quanto a população local.
Freiburg possui muitas igrejas e fomos até a principal. Não sou muito adepta a conhecer igrejas, mas essa em especial era linda e valeu o passeio, sede de um bispado católico renomado, de estilo gótico e exuberante. Ao redor da igreja tinha uma feira. As feiras são comum no país germânico, vendem muitas flores, frutas e outras iguarias, além de artesanato e geléias variadas.
É também considerada a cidade da qualidade de vida, além de ter uma universidade procurada pelo qualidade do ensino. A cidade é fechada em sua grande maioria para veículos particulares, mas possui uma excelente mobilidade por transportes públicos.  O que mais me surpreendeu na feira foi o silêncio, parecia em respeito a igreja oponente central a feira. Após alguns registros fotográficos retornamos ao nosso hotel e partimos em direção a Basel e Berna já na Suíça.

 Vem comigo que tem muito mais....a viagem foi longa...e você vai conhecer lugares lindos e  cheio de cultura!

Boa leitura e uma ótima sexta-feira!

Ingrid